O constante estado de escuta de Érica Zanotti

Por Raquel Rodarte

Conversar com quem eu já acompanho, admiro e que transformou a própria vida é sempre um grande prazer.

Érica Zanotti, Gerente de Programas Sociais da Consul, é uma dessas pessoas. Ela atua no Instituto Consulado da Mulher (www.consuladodamulher.org.br), que faz um trabalho social de grande importância.

Como explica o site do instituto, a entidade “trabalha na transformação social por meio do incentivo ao empreendedorismo feminino. Nacionalmente, o Instituto seleciona, apoia e empodera mulheres empreendedoras, oferecendo assessoria na gestão de micro negócios e capacitações para que empreendam de forma mais eficiente.”

Fiz algumas perguntas para que Érica compartilhasse alguns detalhes desta sua jornada de transformação. Acredito que mudar não está vinculado apenas a sair de uma localidade para outra e sim a transformar-se, modificar-se, sair do seu estado natural – ou, como ela diz:

“Não permita que as crenças limitantes te impeçam de mudar e transformar a tua própria vida em algo ainda melhor pra você.”

Acompanhe a entrevista na íntegra:

O que é mudança para você?

Pra mim, mudar é estar em constante estado de escuta. Ouvir o mundo, se ouvir, perceber como as coisas caminham e se adaptar. Nós, seres humanos, temos uma tendência muito forte de querer que as coisas continuem como sempre foram por medo, insegurança. Queremos manter sempre a mesma casa, o mesmo trabalho, a mesma esposa ou marido, afinal o desconhecido é assustador, mas, às vezes, aquela casa, aquela pessoa, aquele trabalho não estão fazendo bem, então decidir mudar é se ouvir e ter coragem de querer o melhor pra si.

Qual foi a maior transformação/mudança que aconteceu em sua vida?

Eu já fiz algumas grandes mudanças na vida. Uma foi quando decidi sair do mercado de trabalho comum – área de vendas, trabalho bom, comissionamento interessante – para ir trabalhar na área social e me dedicar a algo com propósito e, durante a pandemia também comecei a costurar uma nova mudança neste sentido e trabalhar com yoga, meditação, ayurveda e cuidados com os seres humanos.

O que sentiu neste processo?

Um misto de muito medo, muito desejo, um grande êxtase em estar seguindo aquilo que eu considerava o melhor pra mim. Como a questão financeira sempre é importante pra mim, nas duas mudanças eu fiz um “pé de meia”, me preparei antes e fui mudando aos poucos, sabendo que não passaria necessidades neste sentido.

Sente saudade de quem você era antes deste processo?

Nem um pouco. (risos)

Qual sua sugestão para as pessoas que estão passando por este momento?

Mudar é importante e necessário. Não permita que os velhos parâmetros, as crenças limitantes, o que foi dito pra você durante toda a sua vida sobre ser sempre do mesmo time, da mesma religião, da mesmice, te impeça de mudar e transformar a tua própria vida em algo ainda melhor pra você. Se tiver medo, planeje e vá com segurança, mas não deixe de ir.

Site:
www.consuladodamulher.org.br

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